13 de fev. de 2015

Sem saco pro "amor"

Eu estou na minha fase da vida em que não to podendo ler histórias de amor. Não que eu não acredite mais em amor... Muito pelo contrário, eu acredito e muito. Eu não acredito é em como as pessoas estão desistindo tão facilmente do amor ultimamente.

As pessoas nem se dão tempo para se conhecer mais, desistem na primeira dificuldade, no primeiro “ah, ele gosta de vídeo game, e eu odeio” ou então “ai, ela gosta de calor e eu de frio”. As pessoas não entendem que são justamente essas diferenças que trazem emoção ao relacionamento. Aquela coisa de tentar coisas novas, só porque isso vai fazer o outro feliz.

Eu já perdi as contas de quantas vezes fiz algo que não gostava só porque isso faria a outra pessoa feliz. E isso não me fez menos quem eu sou, nem significa que eu não seja autêntica. Significa que eu me importava com a pessoa ao ponto de experimentar algo que eu nunca experimentaria sozinha.

Algumas coisas eu amei (comida japonesa <3), outras eu detestei (bate-cabeça, sério mesmo?). Mas em todas as experiências eu aprendi alguma coisa (ok, ainda não sei comer de hashi, mas ta valendo). E em todos os momentos ver o sorriso do cara por eu estar ali com ele fazia tudo valer a pena.

Eu não acho que seja demais eu querer alguém que faça isso por mim também. Mas hoje em dia o difícil é achar alguém que esteja disposto a isso. É muito mais fácil se acomodar num relacionamento ruim, onde todos os finais de semana são iguais do que se arriscar a conhecer alguém novo, alguém diferente, alguém que não tenha tanta coisa assim em comum.

Hoje em dia eu prefiro um são paulino (ou palmeirense, ou corinthiano, ou qualquer outra coisa) que me faça rir do que um santista que me faça sofrer. Hoje eu prefiro um cara que curte frio, mas que me faça bem, do que um praieiro que me traia. Hoje eu prefiro um gamer com quem eu converse de tudo, do que um bookaholic que não tenha outro assunto que não seja livros.


Hoje, nos dias em que ninguém mais esta disposto a superar as diferenças para fazer as coisas darem certo, eu prefiro alguém que me ajude a experimentar o novo, do que finais de semana previsíveis. 

Um comentário:

  1. Ah Ju, é difícil mesmo. Eu acho que dei sorte pq encontrei alguém muito diferente de mim, mas que me completa por isso mesmo. Mas vejo essa dificuldade em amizades. As pessoas só querem benefícios, ser ouvidas, favorecidas. Mas não estão dispostas a dar isso em retorno.

    Adorei o post!

    Bjo

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