16 de out. de 2014

O Doador de Memórias e a Vida de Mesmisse

Imagina como ser viver em um mundo onde não houvesse sentimentos, todos seguissem um determinado padrão de beleza, onde não existe cor e nem música. Imagina viver em um lugar onde outras pessoas escolhessem a sua profissão, a pessoa com quem você iria se casar, e onde até mesmo seus filhos não fossem gerados por você, mas por outra pessoa. Imagine viver em um lugar onde a mesmisse imperasse.
Esse é o universo de “O Doador de Memórias”, uma comunidade em que era assim que as coisas funcionavam. Ao serem promovidos a Dozes (crianças que haviam completado doze anos no decorrer do ano anterior), cada pessoa recebia a sua atribuição e faria aquilo pelo resto da vida. Jonas, então, foi escolhido como Recebedor de Memórias, a pessoa incuba de guardar todas as memórias dessa vida e de antes de antes de antes desse antes.
O livro me fez refletir sobre como seria viver em um mundo sem amor, sem tristeza profunda, sem fome. Coloquei tudo na balança e vi que tem os fatores bons e os ruins. Os idealizadores da Comunidade idealizaram um lugar perfeito, mas para isso tiveram que abrir mão das emoções e sentimentos que poderiam fazer com as pessoas se revoltassem e desejassem voltar a condição anterior.
Percebi que a vida sem emoções e sentimentos pode até ser boa, mas nunca seria completa, sempre ficaria um vazio. E percebi também a importância de sair da mesmisse, de não ficar sempre fazendo a mesma coisa, e do mesmo jeito, vi também a importância de poder fazer escolhas.
O mundo pode estar terrível, cheio de guerra, dor e tristeza, mas sempre tem o amor, a alegria e a família para fazer com que nos sintamos melhor.

ps: não vou comentar o fato de ter assistido o filme antes de ler o livro, porque eu to surpresa com tantas diferenças entre os dois.


Beijos.

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