Imagina como ser viver em um mundo
onde não houvesse sentimentos, todos seguissem um determinado padrão de beleza,
onde não existe cor e nem música. Imagina viver em um lugar onde outras pessoas
escolhessem a sua profissão, a pessoa com quem você iria se casar, e onde até
mesmo seus filhos não fossem gerados por você, mas por outra pessoa. Imagine
viver em um lugar onde a mesmisse imperasse.
Esse é o universo de “O Doador de
Memórias”, uma comunidade em que era assim que as coisas funcionavam. Ao serem
promovidos a Dozes (crianças que haviam completado doze anos no decorrer do ano
anterior), cada pessoa recebia a sua atribuição e faria aquilo pelo resto da
vida. Jonas, então, foi escolhido como Recebedor de Memórias, a pessoa incuba
de guardar todas as memórias dessa vida e de antes de antes de antes desse
antes.
O livro me fez refletir sobre como
seria viver em um mundo sem amor, sem tristeza profunda, sem fome. Coloquei
tudo na balança e vi que tem os fatores bons e os ruins. Os idealizadores da
Comunidade idealizaram um lugar perfeito, mas para isso tiveram que abrir mão
das emoções e sentimentos que poderiam fazer com as pessoas se revoltassem e
desejassem voltar a condição anterior.
Percebi que a vida sem emoções e
sentimentos pode até ser boa, mas nunca seria completa, sempre ficaria um
vazio. E percebi também a importância de sair da mesmisse, de não ficar sempre
fazendo a mesma coisa, e do mesmo jeito, vi também a importância de poder fazer
escolhas.
O mundo pode estar terrível, cheio de
guerra, dor e tristeza, mas sempre tem o amor, a alegria e a família para fazer
com que nos sintamos melhor.
ps: não vou comentar o fato de ter
assistido o filme antes de ler o livro, porque eu to surpresa com tantas
diferenças entre os dois.
Beijos.
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