Eu tenho uma mania chata de me
apegar muito facilmente às pessoas. Tá, eu posso parecer uma ogra, posso não
demonstrar o que sinto (o que é um erro, eu sei), mas eu me apego, poxa. Não
gosto de evidenciar as minhas fraquezas, mas eu admito que sou carente e se a
pessoa me da um pinguinho de esperança eu já me derreto toda.
O problema é que as pessoas não
se apegam tão facilmente assim a mim, e aí já sabem como isso acaba né?
Decepção! Mas a decepção só acontece porque a gente coloca expectativas em cima
de alguém, e pra que colocar expectativas em cima de alguém? A vida fica tão
mais fácil de ser vivida quando a gente vive por si só.
A vida fica mais fácil, mas falta
emoção, falta aquele frio na barriga, falta aquela sensação gostosa que a gente
tem quando gosta de alguém. E no fim das contas gostar de alguém é complexo, é
você sentir-se mais vivo ao mesmo tempo em que parece que falta algo, ou
melhor, alguém do seu lado.
Mas o pior é gostar de alguém e
não saber o que o outro sente por você. É um beco sem saída. Ou você se declara
e pergunta o que a pessoa sente por você, ou você tem que simplesmente sofrer
ai sozinho sem saber jamais se teria dado certo. Já aconteceu de eu gostar de
alguém, esse alguém gostar de mim e eu só descobrir depois de muito tempo,
quando já nem sentia mais nada por essa pessoa.
Eu sempre fui de esconder o que
eu sentia, e nem preciso me dizer que só me dei mal por causa disso, né? Sempre
acabava me envolvendo com caras que eu nem gostava tanto assim só porque era
bem mais fácil do que ter que chegar em quem eu realmente gostava para falar o
que eu sentia. Eu não era sincera comigo, eu não era sincera com meus
sentimentos e eu não era sincera com os outros.
Mas chegou uma hora em que eu cansei
de viver uma vidinha mais ou menos, em relacionamentos mais ou menos, que não
me acrescentam em nada e só me desgastavam. Não, eu ainda não tenho coragem de
chegar em alguém e falar: “eu gosto de você”, mas eu não vou mais aceitar
entrar em canoas furadas, em relacionamentos fadados ao fracasso. Eu tive que
aprender na raça a ser mais fiel a mim e aos meus sentimentos.
Isso tudo é um processo
evolutivo, não é do dia para a noite que a eu vou conseguir mudar a minha
realidade, ou o meu jeito. Mas o simples fato de querer mudar já faz uma
diferença do caramba, entende? Para uma taurina cabeça-dura como eu o simples
fato de aceitar a mudança como algo bom, já é algo bom, rs. Essa é uma das
muitas chances que eu estou me dando de recomeçar, de tentar de novo.
É eu acho que estou vivendo um
daqueles momentos de redescobrimento, sabe? Cheguei a um ponto em que eu não
estava satisfeita com absolutamente nada na minha vida e agora quero mudar
tudo. Confesso que eu queria que as mudanças viessem com mais rapidez, mas ser mais paciente também é uma das coisas que eu estou tentando mudar. Um amigo
meu diz que isso acontece porque eu estou mais madura.
Maturidade, cansaço da vida, ou
seja lá que nome isso tenha, isso não interessa, o que interessa é que agora eu
estou voltando a ser eu. Não, na realidade eu estou descobrindo uma nova
Juliana, que estava escondida em algum lugar só esperando esse choque de
realidade que para poder sair de onde estava. E eu estou curtindo. Às vezes a
velha Juliana tenta voltar, às vezes ela até consegue.
Pronto, comecei o texto falando
de uma coisa e terminei falando de outra, e no fim das contas todas as coisas
acabaram falando da mesma coisa. Confuso? Um pouco! Mas é assim que eu sou, eu
sou uma pessoa confusa, difícil de entender. Talvez a nova Juliana seja mais
fácil de ser entendida, talvez seja mais complicada, não sei. Só sei que acho que
quando as dúvidas que eu tenho acabarem, talvez não vá mais fazer tanto sentido
assim viver...
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