13 de fev. de 2014

Muito apego para pouca coragem

Eu tenho uma mania chata de me apegar muito facilmente às pessoas. Tá, eu posso parecer uma ogra, posso não demonstrar o que sinto (o que é um erro, eu sei), mas eu me apego, poxa. Não gosto de evidenciar as minhas fraquezas, mas eu admito que sou carente e se a pessoa me da um pinguinho de esperança eu já me derreto toda.

O problema é que as pessoas não se apegam tão facilmente assim a mim, e aí já sabem como isso acaba né? Decepção! Mas a decepção só acontece porque a gente coloca expectativas em cima de alguém, e pra que colocar expectativas em cima de alguém? A vida fica tão mais fácil de ser vivida quando a gente vive por si só.

A vida fica mais fácil, mas falta emoção, falta aquele frio na barriga, falta aquela sensação gostosa que a gente tem quando gosta de alguém. E no fim das contas gostar de alguém é complexo, é você sentir-se mais vivo ao mesmo tempo em que parece que falta algo, ou melhor, alguém do seu lado.

Mas o pior é gostar de alguém e não saber o que o outro sente por você. É um beco sem saída. Ou você se declara e pergunta o que a pessoa sente por você, ou você tem que simplesmente sofrer ai sozinho sem saber jamais se teria dado certo. Já aconteceu de eu gostar de alguém, esse alguém gostar de mim e eu só descobrir depois de muito tempo, quando já nem sentia mais nada por essa pessoa.

Eu sempre fui de esconder o que eu sentia, e nem preciso me dizer que só me dei mal por causa disso, né? Sempre acabava me envolvendo com caras que eu nem gostava tanto assim só porque era bem mais fácil do que ter que chegar em quem eu realmente gostava para falar o que eu sentia. Eu não era sincera comigo, eu não era sincera com meus sentimentos e eu não era sincera com os outros.

Mas chegou uma hora em que eu cansei de viver uma vidinha mais ou menos, em relacionamentos mais ou menos, que não me acrescentam em nada e só me desgastavam. Não, eu ainda não tenho coragem de chegar em alguém e falar: “eu gosto de você”, mas eu não vou mais aceitar entrar em canoas furadas, em relacionamentos fadados ao fracasso. Eu tive que aprender na raça a ser mais fiel a mim e aos meus sentimentos.

Isso tudo é um processo evolutivo, não é do dia para a noite que a eu vou conseguir mudar a minha realidade, ou o meu jeito. Mas o simples fato de querer mudar já faz uma diferença do caramba, entende? Para uma taurina cabeça-dura como eu o simples fato de aceitar a mudança como algo bom, já é algo bom, rs. Essa é uma das muitas chances que eu estou me dando de recomeçar, de tentar de novo.

É eu acho que estou vivendo um daqueles momentos de redescobrimento, sabe? Cheguei a um ponto em que eu não estava satisfeita com absolutamente nada na minha vida e agora quero mudar tudo. Confesso que eu queria que as mudanças viessem com mais rapidez, mas ser mais paciente também é uma das coisas que eu estou tentando mudar. Um amigo meu diz que isso acontece porque eu estou mais madura.

Maturidade, cansaço da vida, ou seja lá que nome isso tenha, isso não interessa, o que interessa é que agora eu estou voltando a ser eu. Não, na realidade eu estou descobrindo uma nova Juliana, que estava escondida em algum lugar só esperando esse choque de realidade que para poder sair de onde estava. E eu estou curtindo. Às vezes a velha Juliana tenta voltar, às vezes ela até consegue.


Pronto, comecei o texto falando de uma coisa e terminei falando de outra, e no fim das contas todas as coisas acabaram falando da mesma coisa. Confuso? Um pouco! Mas é assim que eu sou, eu sou uma pessoa confusa, difícil de entender. Talvez a nova Juliana seja mais fácil de ser entendida, talvez seja mais complicada, não sei. Só sei que acho que quando as dúvidas que eu tenho acabarem, talvez não vá mais fazer tanto sentido assim viver...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Opine, critique e faça uma blogueira feliz *-*